Mais um fim

13 de fev. de 2010
13/02/2010



Eu poderia dizer um milhão de palavras bonitas só para preencher este silêncio vazio que pede resposta. Mas não direi, não desta vez. É melhor me calar porque talvez, se ninguém falar mais nada, aquele ponto final possa realmente significar um fim. Pela primeira vez, um final de verdade. Um fim e depois nada, só o silêncio da noite e o frio do inverno.
Mas não era isso que eu queria. É claro que não. Quem é que quer presenciar o último suspiro, a última tentativa frustrada? Quem é que quer ver a morte das coisas, a esperança indo embora, os pedaços do que restou sendo jogados fora? Ninguém gosta de dar um fim em tudo, mas é isso que a gente faz quando alguém diz que tem que acabar. A gente coloca um ponto final. Depois, ironicamente, a vida multiplica o ponto e o transforma em reticências. Terminamos com tudo, mas a vida não. Não existe mais nada senão um vazio profundo, mas a vida dá mais tempo. E o que faremos com o tempo interminável que existe depois do fim? Eu não sei.
Não existe mais nada.
E isso nunca acaba.

3 comentários:

  1. Hum...

    Sempre costumo usar virgulas à que pontos finais e reticências. Mas quando não tem outra forma de pontuar a vida, resta-nos usá-los!

    Saudades dakee... Andei meio ausente das visitas comentadas, mas sempre passava por akee.

    BjoO mooça!

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  2. Eu nunca me acostumei com o fim. E ainda não acredito que tenha alguma coisa bonita embutida em pontos finais. Vai ver que é imaturidade, não sei. Mas se fosse bonito, não seria o final. Seria o começo.

    Beijo, moça.
    Tá lindo aqui.

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