Escolhas

00:33 Kamila Siqueira 1 Comments

25/02/2012


 Nunca fui boa em fazer escolhas. Sempre fui do tipo de pessoa que escolhe a casquinha sabor mista para não ter de decidir entre baunilha ou chocolate. Mas às vezes a vida me encurrala em um beco e a única maneira de sair dali é escolhendo um caminho.
Abrir mão. Por que tem que ser tão complicado? E quando se tem um certo complexo de culpa, esse tipo de coisa se torna ainda mais difícil. Qualquer que seja a minha escolha, sentirei que fiz algo errado, que machuquei alguém. Eu não sei fazer isso. Não sei como sentir o que é melhor, o que devo fazer. Não tenho nada para me guiar. Estou sozinha com uma bomba em minhas mãos, prestes a explodir, com todos esperando que eu corte o fio. Mas se cortar o fio errado...
Every step that you take could be your biggest mistake.
Como é que a vida pode me colocar em uma situação dessas e esperar que eu saiba exatamente o que fazer? E se as consequências não forem as que eu imagino? E se tudo for pior, bem pior? Não sei qual é o tamanho das minhas escolhas.
Eu só queria encontrar o caminho para aquela pontinha de felicidade que me sorriu um dia. Será que é verdade que um dia, inevitavelmente, ela me encontrará?
Será que a gente pode encontrar o caminho certo mesmo através de escolhas erradas?

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O que é para sempre

00:53 Kamila Siqueira 0 Comments

05/02/2012


 Tem vezes que dói viver.
Dói pelas coisas que acontecem quando não queremos que aconteçam, dói pelas coisas que não acontecem quando queríamos que acontecessem. Dói pelo que está dentro da gente. Mas algumas vezes, no meio disso tudo, a gente encontra uma coisinha pequena, singela, que faz tudo desaparecer. A gente encontra os amigos.
À vezes eles nem sabem que a gente precisa deles, que eles têm que estar lá, naquele momento. Mas simplesmente estão. E às vezes a gente nem está planejando sorrir, mas não dá para resistir àquelas risadas tão gostosas e sinceras. A gente acaba esquecendo de todo o resto. E quando o resto volta à memória, percebemos que os problemas não são tão grandes assim, que nós somos maiores que eles, porque nós não estamos sozinhos. Nós temos uns aos outros. E nós não precisamos nem dizer isso, alguma coisa dentro da gente já nos diz. Alguma coisa nos faz perceber quem sempre estará lá, quem sempre teremos por perto. Mesmo se houver alguma distância física.
Eu sei que ainda vou tropeçar na vida muitas vezes. Não tenho o controle sobre tudo - e nem quero ter, diga-se de passagem. Algumas vezes não vou aguentar a pressão. Vou sucumbir, vou cair. Mas eu sei, hoje mais do que nunca, que tenho onde me apoiar para me levantar. Tenho onde me segurar para que a queda não seja tão grave. Tenho em quem confiar.
E eles também sempre poderão contar com as minhas mãos para se levantarem. Sempre, sempre.

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